26 de junho de 2012

Perdida no Tempo

 

Ali está ela. Perdida, como sempre. Sabe onde está, mas mesmo assim, perdida. Perdida no tempo. Feições vagas, musculos relaxados, perdida, sem preocupação,

Tempo. Gostaria eu, tanto quanto ela, saber seu significado. Tão perto de se alcançar, mas ao mesmo tempo, inalcançável.

Presa em seu próprio mundo, com seus próprios medos, seus gostos, suas alegrias, seu próprio tempo. Pessoas de sua idade alcançando seus simplórios objetivos para parecerem maduras, enquanto ela continua querendo ser quem é. No momento, ela está em outro de seus frequentes devaneios, sobre si própria. Pensa: se tivesse nascido em outra época, faria alguma diferença? Conseguiria se adaptar aos costumes de sua idade em outras épocas? Continuaria sendo uma atrasada aos costumes? Ou será que estaria avançada?

Ás vezes, sente-se presa pelo tempo, como se fosse um castigo. Porque haveria de ser ela, a garota estranha que vaga por aí sendo julgada por não ter atitudes supostamente maduras?  Mas, afinal, querer ser mais maduro do que realmente é, não é imaturo? Não dizem por aí que é com o passar do tempo que as pessoas amadurecem? E que, com o amadurecimento vai se descobrindo a personalidade?  Pois então, ser quem você realmente é, não é ser maduro?

A sensação constante de estar sendo deixada para trás, está mais forte do que nunca. Ela, infelizmente volta seus pensamentos ao presente e percebe que nunca passará disto: não há futuro. Não há o futuro que todos tanto esperam, para qual todos tanto dedicam sua vida. O passado, ela já perdeu. Só há presente. Isso é o tempo.

Portanto, ela realmente está perdida?

Louise Clair.

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